quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Cosmococa



Lefér Guimarães em "Cosmococa" de Hélio Oiticica

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Manifesto de Zé Celso Martinez Corrêa - 2005



MANIFESTO POR UM TEATRO DE ESTÁDIO JÁ

Para a realização do sonho possível do Teatro de Estádio a pergunta que transmito ao público brasileiro, à mídia, aos protagonistas atuais da história brasileira é de muita importância, por isso tentarei expor o conteúdo dela, da forma mais clara possível. É uma pergunta em relação à possibilidade de um ser humano exercer seu poder de ação num tempo certo. Decidi escrever este texto para esclarecer a situação, para a resposta ativa desta pergunta se tornar ATO. Quem topar assine e vamos para a ação.

O sonho de um Teatro de Estádio Total Multimídia foi reavivado por Oswald de Andrade em 1943 em seu Manifesto "Do Teatro que é bom" e tornado Manifesto Concreto Arquitetônico e Urbanístico no risco, maquete e estudos de Lina Bardi em 1980 para o entorno do Teatro Oficina que, em 1982, foi Tombado.

Depois de 25 anos de luta por sua realização, que dentre outras contou com a participação ativa da promotoria do meio ambiente, Sílvio Santos, pessoa física, proprietário do atual terreno do estacionamento do Grupo Silvio Santos visitando o Oficina compreendeu a grandeza do Projeto Ecológico de Lina para a cidade e passou ao Grupo Sílvio Santos a missão de torná-lo praticável. Foram contratados arquitetos que trabalharam com Lina para isso: Marcelo Suzuki e Marcelo Ferraz que apresentaram um projeto muito bonito. Mas o Grupo Financeiro Sílvio Santos, dando prioridade para a idéia do Shopping para esta área fez com que o projeto resultasse num abraço muito apertado em torno do teatro, aprisionando-o. Assim, o que seria um Teatro de Estádio transformou-se num teatro de 1000 lugares não relacionado diretamente com a cidade e, pior, desligado do corpo do atual Teatro Oficina, ao contrário do que Lina queria.

A isso somou-se um agravante: o Grupo Sílvio Santos não abdica da gestão do espaço. Segundo seu diretor Eduardo Velucci, somente o grupo, por ter dinheiro, poderá gerir o Espaço.

O projeto de Lina e do Oficina, sempre foi pensado como o de um lugar público, gerido por um Conselho de que a Associação Teatro Oficina Uzyna seria parte juntamente com representantes dos movimentos culturais teatrais brazyleiros e internacionais. Grupos de teatro como "os Parlapatões", "Tapa", "Satyros", "Teatro Poeira", "Latão", "Vertigem", "Companhia Promiscua", "Companhia dos Atores", "Cia. Livre" e muitos outros. Figuras notórias tais como Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Dráuzio Varela, Eduardo Suplicy, seriam chamados a compor este conselho, assim como os movimentos culturais do Bairro do Bexiga como a fabulosa Vai Vai e até grupos internacionais de teatro afinados com o Teatro Total, tais como o Volksbhune de Berlim, Alemanha.

Como o Sambódromo, o Estádio de Teatro, um Teatódromo, tem a vocação de dedicar-se também à formação cultural. Quer abrigar uma Universidade Brazyleira de Cultura Antropofágica de Mestiçagem Multimídia e pretende realizar Festivais Nacionais e Internacionais de Teatro Total: "Olimpíadas Dionisíacas".

Seu objetivo maior é o fortalecimento do Teatro como Arte Popular de Misturação de todas as artes e técnicas, inaugurando um período para esta arte tão depreciada, elitizada, assassinada nos últimos tempos entre as quatro paredes de vitrines para a burguesia da terceira idade ver de longe, no palco, seus ídolos de TV.

O Teatro no mundo depois do poder imenso que voltou a ter nos anos 60 foi condenado a voltar ao palco italiano e a cortar seus laços com sua função social arcaica: tocar os Tabus sociais, transformá-los em Totens. Cantar, como o nome "Tragédia" diz em grego, os BODES SOCIAIS.

A atividade teatral em geral tem sido vítima de um certo tipo de racismo mesmo. As dificuldades vitais dos tempos atuais obriga o fazer teatral à uma atitude heróica. Passou a dominar os palcos um clone do teatro, um teatro descartável que tem contribuído ainda mais para o desprestígio desta arte.

O Teatro de Estádio vem como uma "discriminação positiva" contra este racismo e a favor de todo um movimento que vem crescendo, sobretudo em São Paulo, que retoma a ligação do teatro com todas as artes e com a sociedade, principalmente com a excluída, mais criativa do ponto de vista cultural.

Há uma grande luta de um quarto de século da qual Gilberto Gil entre outros artistas da música, do teatro, do cinema, das artes plásticas, participaram. Um show memorável de grandes artistas, no fim de l980 no Ibirapuera, fez com que Silvio Santos voltasse atrás no seu desejo inicial de comprar o prédio do Oficina de seu proprietário à época.

Hoje Gil é nosso maravilhoso Ministro da Cultura. Poucas vezes na história mundial um país teve o privilégio de ter um artista de vida-obra como a deste artista no poder. E pouca vezes se viu um Ministério da Cultura com uma equipe de tal qualidade a agir dentro de uma concepção de cultura-poder com tanto empenho. Óbvio que o "contingenciamento", essa palavra da nova língua da dependência política do Brasil ao pagamento de juros à Engrenagem, tem atrapalhado tudo.

Desde o início da gestão Gilberto Gil o Teatro Oficina enviou ao Iphan um pedido de Tombamento Federal do Teatro Oficina como Manifesto Arquitetônico Urbanístico de Lina Bardi, incluindo a área de entorno qualificada para realizar o Teatro de Estádio. Atualmente ocupa a direção do Iphan o maravilhoso antropólogo Antonio Augusto Arantes que tem tido toda a compreensão da necessidade e da beleza deste
Tombamento, conseqüência de sua sabedoria como cientista-artista e da competência de sua equipe.

Para acontecimentos do porte de um Teatro de Estádio há necessidade de uma luta trans-humana para enfrentar as estruturas burocráticas, financeiras e a própria compreensão do público pela sociedade pois, desde a Grécia antiga, não existe esse poder futebolístico no teatro.

Gilberto Gil tem apoiado muito o Teatro Oficina em toda sua história de 44 anos.

Já lhe pedi por email e pessoalmente na sabatina da Folha de São Paulo que falasse com Sílvio Santos para que tivéssemos um novo encontro, inclusive contando com sua presença e atuação.

As obras do Shopping e deste "Teatro de Estádio" com o qual não estou de acordo tanto na sua forma arquitetônica-urbanística quanto no destino de sua gestão deverão, ao que sabemos, começar em agosto.

O assunto é de extrema urgência.

O Grupo Financeiro Sílvio Santos, evitando contato conosco deve iniciar as obras e submeter o Teatro Oficina a uma possível paralisação se não forem realizadas obras de isolamento acústico para que possamos prosseguir com "Os Sertões" que entra na fase da criação de sua última parte e apresentação das quatro peças da epopéia já realizada.

Mas, pior que isso, é ver a oportunidade de São Paulo dar ao mundo esse Estádio Tropicalista desta cultura brazyleira em que o mundo deposita tanta fé e ter em seu lugar um clone inexpressivo.

Pergunto para a mídia, para o público, para o presidente Lula, para Sílvio Santos, para Pelé, para Fernanda Montenegro, para todos protagonistas e coros brasileiros, na urgência da situação tal como ela se apresenta:

São possíveis ações e manifestações práticas para:

- a aprovação do processo de Tombamento que corre no Iphan desde 2003 e
- a intervenção diplomática de Gil juntamente com os protagonistas mencionados e outros, junto a Sílvio Santos para que aconteça a construção de um real Teatro de Estádio e não de um Shopping cercando um teatro, como a cidade e o mundo já tem vários?

A entrada firme, pública, da Sociedade Brasileira, do Presidente da República, do Ministério da Cultura e do Ministro Gil agora, em cena, é necessária.

Tocou o terceiro sinal, o Ministro Gilberto Gil e os que representam a cultura brazyleira em evolução podem entrar em cena explícita agora nesta questão?

Lina Bardi era grande amiga e admiradora de Gil e vice versa. E essa amizade no caso de pessoas deste porte nasceu do amor pela vida, pelo Brasil e pela beleza.

A situação é esta, cabe à nossa liberdade a ação de tentar transformá-la.

Um dia é este dia.

Presidente Lula, Gilberto Gil, Pelé, Silvio Santos, Fernanda Montenegro, entrem na cena pública com o público brasileiro para esta conquista da grandeza cultural do Teatro Brasileiro no mundo.

José Celso Martinez Corrêa

São Pã. 21 de junho de 2005

Quem estiver disposto a jogar energia nesta ação, assine em baixo, antes da palavra merda, que deve star escrita em letras de forma no final d as assinaturas porque no teatro quando a falamos, calamos a boca e entramos na ação da peça.

M E R D A

Parangolé


Lefér veste parangolé de Hélio Oiticica - 1972

Lefér Guimarães no Jornal do Brasil



Olha a oficina do Lefér aqui no cantinho direito.

Poronga no Sesquicentenário de São Carlos



Nesta ocasião foi apresentada uma esquete da peça "Verás que um filho teu não foge à luta" no auditório da Estação Cultura.

Leia na íntegra a notícia publicada no Portal do Cidadão sobre a participação do Teatro Poronga na Festa de 150 anos de São Carlos.

Ficha Técnica:
Jeferson - Cantador
Dinha - Joana Imaginária
Pedro - gaita
Maria Isabel - flauta doce
Isabel - voz
Ana - timba e voz
Karen -pandeiro e voz

Euclides da Cunha em São Carlos e Descalvado

Marco Antônio Leite Brandão, nosso Marco Bala, escreve sobre Euclides da Cunha no sítio do Instituto Cultural Oswaldo Galotti. Confira!

Poronga na Espanha?


Encontro em Valencia/Espanha de ex-integrnates do Teatro Poronga: Flavia Torunsky, Murilo T. Pereira (em pé) e Aline Rubinato.

Veja mais no blog do Murilo:
http://triptudovemdanatureza.blogspot.com/2008/06/reencontro-arte-ambiente_25.html

Livro Encarnado no Portal do Cidadão



Aí vai o link para a reportagem da prefeitura de São Carlos sobre o lançamento do vídeo "O Livro Encarnado" em 25 de maio de 2007:

http://ped.linkway.com.br/cpub/body.php?pagcod=748&pubord=83&newcod=9868

Conatus


O diretor Lefér Guimarães passou por Brasília no meio do ano, ministrou oficinas, participou de filmagens, deu entrevistas e realizou uma montagem teatral.

Confira notícia completa no Correio Brasiliense:

http://divirta-se.correioweb.com.br/materias.htm?materia=3596&secao=Programe-se&data=20080711

"Os Sertões" na escola Paulino Carlos - 2007




Nas noites de lua cheia
aqui pelo interior
aparece um cavaleiro
num cavalo voador

Vem vestido de soldado
seu cavalo vai voar
mesmo que não seja alado
e os dois vão atuar

Em São José do Rio Preto
ele visita uma ponte
enquanto que em Descalvado
atravessa o horizonte

E assim galopando vai
em Descalvado descança
na fazenda de seu pai
numa rede muito mansa

Na cidade de São Carlos
ele chega bem gabola
visita Paulino Carlos
esta belíssima escola

Ficha Técnica:

Salomão Julião - Conselheiro
Jeferson - Cantador, sargento, Mano do Mato
Dinha - Joana Imaginária, jagunço, Mc do Morro
Herbert Braz - Euclides da Cunha
Isabel - coro, professora
Maria Isabel - coro, Ana, trilha (flauta doce)
Alexandre - trilha (djembê, didgeridoo, apitos)
Ana Evangelista - coro e trilha (timba)
Pedro Corneta - trilha (baixo e gaita)
Karen Caires - coro, trilha (pandeiro)
Andréia Tuvani - cenários, figurinos, contra-regragem, produção

Euclides refletindo

foto - Dinha
Foto do banner que acompanha as apresentações de "Verás que um filho teu não foge à luta", exposto na casa de Lefér Guimarães

Poronga na Semana Euclidiana 2008

Notícia completa em:
http://www.saocarlosagora.com.br/?area=noticias&nid=2420

Começa hoje e vai até dia 6 de dezembro a VII edição da Semana Euclidiana em São Carlos.

Os eventos realizados na Semana Euclidiana são os mais diversos: lançamento de publicações, palestras, exposições, filmes, exibição de documentários e gincana cultural.

Gincana do euclidianismo – Desde o ano de 2007 existe um esforço da Fundação Pró-Memória de São Carlos em realizar uma gincana com caráter lúdico e esportivo para crianças e jovens como uma forma de divulgação do euclidianismo e das obras de Euclides da Cunha entre os mais novos.

De acordo com a diretora-presidente da Fundação Pró-Memória de São Carlos, Ana Lúcia Cerávolo, esse ano a gincana acontecerá no dia 15 de dezembro. “A gincana será oferecida para os jovens que participam do Pro-Jovem, projeto do governo federal com a Prefeitura Municipal, e ocorrerá no Centro da Juventude das 9h às 17h. Será uma oportunidade de conhecerem um pouco do trabalho do escritor Euclides da Cunha de maneira lúdica. Haverá ainda provas esportivas e de lazer, que terão o apoio da Associação Nipo-Brasileira de São Carlos, comemorando também o Centenário da Imigração Japonesa no país”.

A gincana será coordenada pela Fundação Pró-Memória em parceria com diversas secretarias municipais. Contará com o apoio do Grupo de Teatro Poronga e da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de São Carlos. O Poronga apresentará a peça “Verás que um filho teu não foge à luta”, adaptação da obra do escritor Euclides da Cunha para crianças. As atividades da gincana trarão ainda provas tradicionais do Undokai (gincana japonesa) para marcar o ano do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Aniversário de 9 anos


Lefér Guimarães, fundador do Teatro Poronga em 1999

No próximo 22 de dezembro o Teatro Poronga comemora nove anos de existência.
Ao longo desta trajetória o grupo já realizou espetáculos teatrais, vídeos, performances e oficinas, com/para públicos de todas as idades.
Poronga é uma coroa de lata com uma lamparina de querozene na frente utilizada na cabeça pelos trabalhadores da floresta para iluminar os caminhos na mata escura. A primeira peça encenada pelo Teatro Poronga foi sobre o seringueiro Chico Mendes que utilizava a poronga na noite escura da floresta dentro dos seringais.
Em 2008 o grupo prepara sua festa de aniversário, enquanto encena "Verás que um filho teu não foge à luta", peça de Lefér Guimarães sobre Euclides da Cunha e sua obra "Os Sertões". Este espetáculo já teve outra versão de mesmo nome, apresentada como leitura dramática no SESC Araraquara.
O lançamento desta página é parte das comemorações do aniversário deste grupo amador e vivo tão vivo quanto a luz da chama da poronga.

O Curupira contra o Dragão da Motosserra - 2000

Os Sertões: Euclides passou por aqui - 2001