sábado, 21 de novembro de 2009

Brecht: sujeito homem




O Teatro Poronga prepara um especial de fim de ano brechtiano. A apresentação denominada "Sujeito Homem" será um espetáculo de rua a partir de poemas do dramaturgo alemão Bertolt Brecht,músicas brasileiras e algumas composições de Kurt Weill.
Ouça aqui a composição de Gilberto Gil, "Luzia Luluza", praticamente desconhecida do grande público, que fará parte da encenação que será também uma homenagem ao teatro, comemorando os dez anos de atuação do grupo.
Durante os ensaios deste espetáculo o grupo experimenta pela primeira vez a linguagem do tradicional teatro de sombras, buscando a mínima dimensão necessária para se fazer teatro: o corpo dos atores, a voz, a luz. A busca da simplicidade é algo trabalhoso, porém, tão prazeiroso quanto a elaboração de um espetáculo com mais requinte técnico. Quando o ator não dispõe do aparato da caixa cênica italiana, o púlpito é seu próprio corpo, o palco, o chão da calçada, o público, os passantes que não pagaram bilheteria para vê-lo. Trata-se de um desafio muito maior para o ator.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

palestra do Prof. Foot Hardman no CDCC


Lançamento do vídeo O Livro Encarnado em abril de 2007, na Estação Cultura.
centro: Prof. Foot Hardman;
esq. Lefér entrevista Foot Hardman, captação de imagens de William Miyagi;
dir: platéia lotada.
fotos de Djalma Nery
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A Pró-Reitoria de Extensão da USP, o IEA-USP e o CDCC-USP como programação oficial dos 75 anos de fundação da Universidade de São Paulo promovem palestra com o Prof. Francisco Foot Hardman sobre o tema "Euclides da Cunha, a Amazônia, o Brasil e o Mundo"
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21 de agosto (sexta-feira) às 17 horas, no auditório do CDCC
(rua 9 de Julho, 1227, Centro - São Carlos)

Francisco Foot Hardman é ensaísta, historiador e professor titular do Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.
É autor, entre outros, dos livros "A Vingança de Hiléia: Euclides da Cunha, a Amazônia e a Literatura Moderna", "Nem Pátria, Nem Patrão! Memória Operária, Cultura e Literatura no Brasil, "Trem-Fantasma: A Ferrovia Madeira-Mamoré e a Modernidade na Selva". Colabora com o caderno Aliás de O Estado de São Paulo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Apresentações no Municipal surpreendem público





fotos de Sônia Maria Pinheiro

Sucesso nos dois dias de apresentações da peça "Verás que um Filho Teu não Foge à Luta" no Teatro Municipal de São Carlos.
Cerca de 300 pessoas de São Carlos e região estiveram presentes nos dois dias de apresentação do grupo. O público seleto abrigou desde crianças de colo até pessoas de um grupo da terceira idade. Jovens do PROJOVEM (projeto da prefeitura municipal de São Carlos), do PET (Programa de Educação para o Trabalho) do SENAC, além de alunos do Centro de Formação Artística "Anna Ponciano Marques" e frequentadores da Biblioteca Pública Municipal de Ibaté, aplaudiram o espetáculo que já foi prestigiado por milhares de estudantes de São Carlos.
No palco, 14 artistas em cena, entre eles pessoas que nunca haviam pisado no palco de um Teatro Municipal. O elenco contou com a participação de Andrea Drittlhuber, Cícera Martins, Jorge Tonel e Zizi Camargo estreantes no grupo. Andrea é atriz e professora, Cícera é professora, Jorge é alfaiate e palhaço e Zizi é educadora social. A presença de pessoas de diferentes formações é uma marca do grupo nestes dez anos de trajetória.
Além disso, os músicos Alexandre Leal, Igor, Karen Caires, Leonardo Gomes,Luciano Matuck e Pedro Corneta executaram a trilha sonora da peça ao vivo, imprimindo emoção ao espetáculo. O universo imaginário do sertanejo é bastante musical.
A musicalidade está presente na poesia, nos desafios, nos repentes, nos aboios, no canto das lavadeiras, nas ladainhas, etc. A peça, concebida para aproximar todos os públicos das dimensões euclidiana e sertaneja usa o som como fio condutor da história. Há composições de artistas consagrados como Celso Sim e Luiz Gonzaga e composições próprias.
No que se refere às poesias, o texto é composto por recortes inspirados nas poesias de cordel, especialmente do poeta Patativa do Assaré que motivou a criação do personagem do Cantador, desta vez interpretado por David Narcizo.
Herbert Braz encarna Euclides da Cunha proferindo trechos "ipses literes" de "Os Sertões" e o próprio diretor Lefér Guimarães atuou como Antônio Conselheiro. Dinha da Silva interpreta Joana Imaginária que foi esposa de Conselheiro.
Todas as personagens da peça são embasadas em pessoas de carne e osso que existiram e fizeram a história deste País há mais de cem anos.
Não é possível mensurar o alcance da obra de Euclides da Cunha neste centenário de sua morte, mas é fato inquestionável que ecos de suas obras ainda serão ouvidos por muitos anos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Jogo de Cena II - Bertolt Brecht




O projeto jogo de cena terá uma segunda edição no segundo semestre de 2009, contando com o apoio da prefeitura de São Carlos. O projeto foi um dos contemplados pelo edital de chamamento de projetos culturais na cidade.
A idéia inicial deste Jogo de Cena sofreu modificações, procurando alinhavar a dramaturgia do alemão Bertolt Brecht às concepções científicas e mudanças de paradigma provocadas por Galileu e Darwin.
Lefér Guimarães e David Narciso,responsáveis pelo projeto, realizam estudos e leituras para posterior execução do projeto que conta também com a participação de Joair Brazil.